terça-feira, 11 de agosto de 2009

Novo Momento do LUAS

Agora O Grupo LUAS tem seu núcleo de comunicação que assumi essa responsa de comunicar ao mundo sobre o que acontece no NE.
Fico Feliz!
E deixo esse espaço por aqui!
Foi muito Bom compartilhar com vocês um pouco de poesia, de luta, do amor...
Mas fico agora como colaboradora dessa historia.
E mais uma vez! É muito bom vê gente nova nessa caminhada de luta por mundo mais justa e mundo felizes.
Eu agora em São Paulo! Na Revista Viração, continuo minha caminhada acompanhando as discussões de Políticas Publicas de Juventude e mais nova temática Edu comunicação.

Beijos a todas e todos e muito suavidade nessas diversas lutas diárias.
Elisangela Nunes Cordeiro/ Elis Lua

http://grupoluas.blogspot.com/

Breve Histórico

O LUAS começou como um simples Periódico Lésbico Feminista, nascido das idéias militantes de duas lésbicas feministas: Elisângela Nunes e Ana Carla Lemos.
Percebendo a necessidade de publicizar sobre direitos humanos com relação a lesbianidade decidiram fazer isso a partir da criação de um Informativo: Jornal LUAS.
Que desde o início tornou-se mensal.
Um das metas do jornal é levar às pessoas, que não têm acesso às informações do mundo LBGT, e, também, para as pessoas que não tem acesso à Internet, informações sobre militância, direitos humanos, oportunizando o conhecimento e provocando um pouco da compreensão da Diversidade Sexual, especificamente no que diz respeito ao amor entre mulheres.
A primeira edição foi distribuída em novembro de 2006.
Logo, como resultado das intervenções individuais e coletivas destas ativistas, se viram traçando um caminho possível em direção a criação de um grupo de lésbicas feministas, percebendo-se dai a necessidade de um trabalho que envolve-se as especificidades das mulheres lésbicas e bissexuais no estado de Pernambuco.
Surgindo assim os primeiros passos para a criação do Grupo LUAS em março de 2007.

O Grupo LUAS, tem como missão:Empoderar e fortalecer politicamente o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis e Transexuais), contribuindo para inserção do mesmo nos movimentos sociais, desmistificando o preconceito e todas as formas de violências por orientação sexual, contribuindo para o controle social e efetivação de políticas públicas que garantam os Direitos Humanos de todas/os.

Objetivo: O Grupo LUAS tem por objetivo trabalhar com o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais Travestis e Transexuais) de base, através de ações e intervenções sócio-educativas sobre saúde/direitos humanos, gênero/feminismo, diversidade sexual, direitos sexuais/reprodutivos e arte/cultura, tendo como princípios:

Plataforma Política Feminista;Eqüidade de Gênero;Direitos Humanos.

Princípios e valores:TransparênciaÉticaRespeito CuidadoCoerência entre o discurso e a práticaAutonomiaPráxis (diálogo entre a teoria e a prática)ConfiançaAfetividadeHorizontalidadeTemas de trabalho prioritários:Saúde e Direitos Humanos;Gênero e Feminismo;Diversidade Sexual: Lesbianidade/homossexualidade/bissexualidade/transexualidade/heterossexualidadeDireitos Sexuais e Reprodutivos;Arte e cultura;Tema transversal: Raça/etnia/juventude.Trabalho em rede e parcerias:Municipais: NUCH – Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania Homossexual da UFPE, Movimento Gay Leões do Norte, GLOS – Gerência da Livre Orientação Sexual, AMHOR, Fórum LGBT de PE.Estaduais: Fórum LGBT de Pernambuco.Nacionais: ABL, ABGLT. Representações Institucionais:Representação Estadual da ABL;Rede Nordeste LGBT;Coordenação do Fórum LGBT de Pernambuco.Núcleos:Comunicação;Pedagógico;Mobilização de Recursos e Articulação Política;Arte e Cultura.Sejam bem vindas ao nosso blog diário.

Contatos:comunicacaoluas@gmail.comby Núcleo de Comunicação Grupo Luas.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Antropofagia








Tenho devorado o todo,
Do corpo
Magro, gordo.

Tenho devorado, mastigado,
Com os dentes, os lábios

Com unha riscado
Pintado dos pés a cabeça

Tenho devorado e enroscado
Nos caracóis do meu cabelo
Nos braços, nas pernas abertas

Com o dedo
Provado
Meu fel
Meu mel

Tenho devorado degustado
Seios,
Vulva,
Pele,
Pescoço,
Boca

Tenho devorado
Mastigado
Riscado
Pintado
Bulido
Enrolado
Degustado
Cada pedaço de mim
Que configura o todo que sou.

Elis Lua

Momento Leve

Momento leve

Um gosto de poesia
Uma gota de desejo
Uma colher de boa música
Uma atmosfera de suspense agradável
Uma poção de palavras...

Sorrisos, minutos de silêncios
Olhares, falas tristes
Uma amável acolhida
Um filme, muito cansaço, adormecemos...

E cabelos dançam, se encontram, brincam, desejos escondidos passeiam no ar...

O afoitamento demora, mas vem, e belos corpos se encontram com uma delicadeza das flores... Suspiro, alegria, pele, lágrima, transpiração, leveza, misturas de sentidos. Um sono, um encontro, um sonho.

Um dia sem céu

Um gosto de poesia amargo.
Uma atmosfera meio perturbadora.
Certos ruídos.
Gritos e Sussurros.

Em meu ouvido...

Onde escuto som de espelhos sendo fragmentados até o alcance das almas, diálogos fortes, desejos contidos, duas amantes, uma única pessoa, um pleno exercício e um tanto mais que ainda dança em mim até o que desencontro seja encontro.

Meio complexo, meio devastador, imagens, silêncio....

Cenas que pesam no meu ombro, me tiram o sono e desequilibram minha alma.

Cena que fez o grito reinar, cenas que dificilmente vou esquecer...

Palavras silenciam pelo nó na garganta, pelas lágrimas que caem no papel.

Elis Lua

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Você já ouviu falar de Dental Dam?

Vamos falar com sinceridade: alguém já ouviu falar de Dental Dam? Pois é, eu também nunca tinha ouvido falar, até que conheci este “acessório” numa oficina de Sexo Seguro Lésbico oferecida no último Lady Fest.

Dental Dam nada mais é do que um quadradinho de látex que pode ser utilizado para fazer sexo oral de forma segura. Ele foi criado originalmente para a realização de procedimentos odontológicos (daí o nome), mas logo perceberam que ele poderia ser usado também como proteção durante o sexo oral na vagina ou no ânus, impedindo que a boca entre em contato com o sangue menstrual e com a lubrificação e a mucosa destas áreas e evitando a transmissão de algumas doenças, como herpes, HIV e hepatite. Pois é, apesar de mínimo, existe sim o risco de contrair certas doenças durante o sexo oral.

É muito simples de usar: é só tirar da embalagem e colocá-lo sobre a vagina e o clitóris ou sobre o ânus da parceira. Não requer prática nem tampouco habilidade. O importante é nunca reutilizá-lo, não encostar a boca no lado que ficou em contato com a vagina ou o ânus e não utilizar o mesmo no ânus e na vagina – para cada um deve ser utilizado um Dental Dam diferente. Uma boa dica é passar um lubrificante no lado que vai ficar em contato com a vagina, já que isso aumenta o contato e, portanto, a sensibilidade de quem está recebendo...

Existem Dental Dams de diversos sabores: menta, morango, baunilha, ou seja, ninguém precisa ter medo de ficar com gosto de plástico na boca... Alguns Dental Dams vêm com um “talquinho”, então é preciso lavá-los com sabão neutro antes de usar, e secar com cuidado para não rasgar ou furar. Infelizmente o produto ainda não é produzido no Brasil, temos que importá-lo. A unidade custa em média US$ 1,50, ou seja, uns R$ 3, e é possível comprá-los por meio de alguns sites.

Outra forma de realizar sexo oral seguro, sem precisar do Dental Dam, é usar uma camisinha comum recortada. Prefira camisinhas sem lubrificante (já que o lubrificante pode deixar sua língua dormente) e passe o lubrificante como indicado no Dental Dam. E para não ficar com gosto de plástico na boca, use camisinhas com sabor...

Usar Dental Dam pode provocar sensações diferentes das que estamos acostumadas, já que o estímulo torna-se mais sutil. É uma questão de testar e ver quais as melhores formas de uso, mas sempre cuidando de sua saúde e da saúde de sua parceira.


Dri Quedas

Nosso querido amigo, o clitóris!

Nós mulheres somos realmente privilegiadas. A mãe natureza, sábia e generosa, nos presenteou com um órgão criado única e exclusivamente para nos dar prazer: o nosso queridíssimo amigo, o incrível, o misterioso, o invejado clitóris! Companheiro de todas as horas, ele sempre está presente, pronto a nos proporcionar sensações fantásticas, estejamos sozinhas ou acompanhadas...

Durante muitos séculos, porém, o clitóris foi ignorado pela ciência, ou mesmo desqualificado. Simplificando MUITO, em uma de suas teorias (muito refutada por várias correntes da psicologia e da medicina) Sigmund Freud, o pai da psicanálise, disse que o orgasmo clitoriano era característico de mulheres imaturas sexualmente e que, com a maturidade sexual, as mulheres passavam a ter orgasmos vaginais.

Uma visão estreita, que representa uma sociedade feita e dirigida por homens, que se recusam a acreditar que as mulheres podem ter prazer sexual sem depender de um pênis. Em muitas culturas, ainda hoje as mulheres têm seus clitóris (e às vezes até os lábios vaginais) extirpados como parte de um ritual de passagem para a vida adulta, entre outras coisas.

Estima-se que aproximadamente 150 milhões de mulheres sofram este ritual por ano, e existe muita polêmica em torno do assunto – tema longo, ótimo para uma outra coluna...

Atualmente a ciência conhece muito bem nosso clitóris querido, que na verdade é bem maior do que a gente vê. Suas terminações nervosas se prolongam pela vagina e uretra, chegando até a bexiga. Ele é o órgão do corpo humano (tanto masculino como feminino) que contém mais terminações nervosas: em um espacinho que varia entre 1 e 3 cm, em média, existem cerca de 8.000 terminações nervosas - isso explica todas as sensações maravilhosas que ele pode provocar...

Existem clitóris de todos os tipos e tamanhos, desde os mais tímidos, que necessitam de maior atenção para serem encontrados, até os mais desinibidos, que aparecem logo de cara, meio sem pedir licença. Mas o bom é que o tamanho não interfere na sensibilidade nem no prazer que ele proporciona, e disso nós já sabemos. Quem não se lembra da primeira vez que descobriu este nosso amigo e como se surpreendeu com que sentiu? Difícil esquecer...

Assim como os formatos, as formas de obter prazer com ele são infinitas. Usar as mãos e os dedos talvez seja o jeito mais básico e simples, mas que sempre exige cuidados. O clitóris não é um botão liga-desliga, é preciso perceber a intensidade e o ritmo com que sua parceira gosta de ser tocada... Muitas vezes cometemos o erro de fazer da forma que nós gostamos, parece ser o mais óbvio, mas em sexo nada é tão óbvio assim...

A combinação lábios – língua – clitóris é de levar qualquer uma à loucura, e, novamente, cada mulher gosta ser estimulada de uma forma diferente. Muitas gostam de serem literalmente chupadas, para outras isso provoca dor. Por isso, variar, experimentar e prestar atenção à parceira na hora é essencial. A cooperação de quem está recebendo também é fundamental, porque mulher nenhuma consegue ler pensamento: ajude a descobrir como você gosta de ser estimulada, falando ou mostrando de algum maneira; mas também esteja aberta a novas sensações.

E a famosa posição clitóris com clitóris? Para algumas mulheres ela é a preferida. Algumas vezes, dependendo do casal, é preciso um esforço para encontrar a melhor posição de “encaixe”, mas o resultado sempre vale a pena... Também não podemos esquecer das variações clitóris com coxa, clitóris com púbis, clitóris com seios etc etc e etc.

Mas o bichinho é caprichoso... Muitas vezes tudo parece tecnicamente certo, perfeito, e nada acontece. É que o clitóris não é um órgão à parte no corpo feminino, ele quase sempre trabalha ligado à mente e ao coração. Quem já não broxou ao perceber que está sendo estimulada quase por obrigação, como se fosse algo mecânico e estivessem te dizendo: “vai goza logo!”. Não adianta, quando a mente e o corpo não querem (ou desistem) o melhor é virar pro lado e dormir, ir tomar um chá de camomila ou brincar de jogo-da-velha.

E quem nunca passou pela situação de estar já louca de tesão, subindo pelas paredes, quase desfalecendo, e nada de gozar? A sensação que temos, quando o clitóris está muito intumescido (fino,né?) e excitado é quase dolorida.

Nestas horas existem algumas saídas: caso você esteja num dia inspirado, se sentindo guerreira, funciona respirar fundo, relaxar o corpo e buscar dispersar a energia que está contida na região estimulada, sem que sua parceira pare de estimulá-la.

Caso contrário rola pedir pra mocinha variar um pouco o estímulo (fazer um pouco mais fraco, mudar um pouco de região, etc...), ou mesmo parar por alguns minutos e voltar depois. O bom é que assim a sensação de prazer dura mais tempo...

De tudo isso, o que realmente importa é a criatividade (e o bom senso, claro!). Tanto faz se estamos ou não com alguém, com chuveirinho, vibradores, línguas ou dedos, vale a pena sentir tudo o que o clitóris tem a nos proporcionar. Temos um órgão criado só para nos dar prazer. Seria um desperdício e tanto ignorá-lo.


Dri Quedas

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

PERTECES.



São teus meus desejos
São meus teus desejos
Corpos que se entrelaçam e
Amordaçam suspiros em êxtase
Entre beijos e confissões.

por Danielle Braun

enviado por ATENA